Decisão foi tomada pela Justiça do Reino Unido; companhia terá que garantir um salário mínimo para os trabalhadores, além de dar férias remuneradas

Dois motoristas do Uber foram reconhecidos nesta sexta-feira (27) como funcionários da empresa pela Justiça do Reino Unido. Dessa forma, os trabalhadores terão direito a férias remuneradas, descansos e um salário mínimo garantido. As informações são da “CNN”.
De acordo com o tribunal trabalhista de Londres, os motoristas que dirigem utilizando o aplicativo não devem ser considerados autônomos, mas, sim, empregados do Uber. A companhia pretende recorrer da decisão, que pode abrir precedentes e alterar condições importantes na atuação de milhares de parceiros da empresa ao redor do mundo.
Os próprios condutores foram os responsáveis por mover o processo contra a empresa. “Essa é uma vitória monumental que terá um enorme impacto positivo sobre os cerca de 30 mil motoristas em Londres, por toda Inglaterra e País de Gales e para os milhares de outros em qualquer indústria em que a ideia falsa de funcionários autônomos é frequente”, afirmou a diretora legal do sindicato GMB, Maria Ludkin, responsável pela representação dos condutores de acordo com a CNN.
Segundo a lei do Reino Unido, os condutores teriam até mesmo o direito de solicitar o pagamento pelo tempo que trabalharam para a empresa, além dos outros direitos que são delegados aos trabalhadores do local.
Já é a segunda vez que a empresa enfrenta uma onda de batalhas na justiça. Na primeira oportunidade, a companhia precisou enfrentar os taxistas e os departamentos de trânsito ao redor do mundo, pois estava sendo questionada em relação ao seu modelo de trabalho. Na disputa contra os condutores, o Uber usa o argumento de que, na verdade, são eles quem contratam a empresa, para que possam se conectar aos passageiros.
A busca dos motoristas pelo reconhecimento como funcionário do Uber também já teve início no Brasil. Por aqui, existem processos trabalhistas transitando nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo. Além disso, também podem ser registradas investigações feitas pelo Ministério Público do Trabalho em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

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